Há 190 anos [Há 252 anos] a casa de Real sofreu grande reconstrução e aumento datando dessa época a capela e a actual estrutura do edifício. Dessas obras se insere o contrato celebrado então pelo padre José Freire da Costa, Abade de S. Salvador de Vilarinho de Cambras, sobrinho de D. Fr. Manuel da Cruz. O grande bispo falecia seis anos depois de voltar ao ninho. Dizem-nos Pedro Gomes e Manuel Solha, mestres pedreiros naturais do reino da Galiza que nós estamos contratados com José Freire da Costa, abade de Vilarinho, de lhe fazer uma capela e casa na forma dos apontamentos e risco, tudo bem feito e seguro na forma da ley e nos obrigamos toda a pedra que for necessária para a obra tanto de escoadria como de alvenaria; a pedra de escoadria hade ser colouada no monte de S. João … e elle reverendo abbade nos dara a pedra das do Carvalhal e mais o sobrado melhor da caza e escadas do portal fronho e mais a pedra da caza de Lagoeiros…eu reverendo abbade me obrigo a dar-lhes o caldo feito de manhã e à noite e cozer-lhe o pão dando os mestres o gram. Tal documento contratual data de oito de Março de 1758. DINIZ, M. Vieira. – “A Casa De Real”, Jornal de Lousada, (24 de Abril de 1948), p. 1, Cf. FREITAS, Eugeneo de Andrea da Cunha e – o. c., p. 31.
SILVA, José Carlos Ribeiro da - «A Casa Nobre No Concelho de Lousada», FLUP, 2007, Vol II
[O padre António Correia, da casa da Quintã] «(…) pretendia fazer uma capela junto da sua porta pegada na estrada publica (…).» [E] «(…) lhe damos licença para que em a dita quinta possa fazer, edificar de novo a capela que pretende com a perfeição devida e com boa arquitectura (…)».
RIBEIRO, Abel. – Casa da Quintã. Gazeta de Caíde. (30 de Junho de 2003), p. 9
SILVA, José Carlos Ribeiro da Silva - A Casa Nobre No Concelho de Lousada, FLUP, 2007, Vol II
Exma. Senhora D. Cecília Soares de Moura
Lagoas – Nevogilde – Lousada.
No dia 17 de Maio, visitei a Capela da Casa de Vale Mesio.
Envio este apontamento relativo a uma capela do lugar de Lagoas, da freguesia de Nevogilde, dedicada a Santa Ana, e feita pelo padre Manuel Ribeiro da Silva. Essa capela é de 1751-1753. Creio tratar-se da quinta de Vossa Excelência. Simplesmente, a capela actual que visitei é, na arquitectura e no retábulo e madeira (não dourado), bastante posterior à data 1751-1753. Teria sido destruída a capela antiga, e substituída pela actual? Poderá Vossa Excelência dar-me qualquer informação sobre o assunto? Existe ainda a Leira das Cruzes, doada para património da referida capela?
Como me disse que a Casa possuía documentos antigos, é possível que, por eles, se possam esclarecer as perguntas que tomo a liberdade de fazer.
Agradecendo as atenções dispensadas no passado dia 17, com os mais respeitosos cumprimentos, atenciosamente me subscrevo. Porto, e Paço Episcopal
[Em anexo, numa 3ª folha]:
- No lugar de Lagoas – Nevogilde, o padre Manuel Ribeiro da Silva mandou edificar uma capela com a invocação de Santa Ana, na sua quinta. Dizia na petição, que a família era de família de pessoas nobres e servida por quatro pretos e tres creados brancos.
Dotou a capela com património constituído pela Leira das Cruzes, terra em parte lavradia e em parte lameira sita no sítio entre as Vessadas, do mesmo lugar de Lagoas, que confrontava do nascente com o Rio, etc.
O processo do património desta capela é dos anos 1751-1753. Em 1753 estava, pois, a capela concluída. Talvez, mesmo, antes.
27 Maio 1975, Domingos de Pinho Brandão.
A. C. V. M. - BRANDÃO – D. Domingos De Pinho Brandão – Carta – 27 de Maio de 1975, p. 1 a 2.
SILVA, José Carlos Ribeiro da Silva - A Casa Nobre No Concelho de Lousada, FLUP, 2007, Vol II
Diz o Padre Manoel Ribeyro da Sylva da Freguezia de S. Veríssimo de Nevogilde, Comarca de Penafiel, deste Bispado, que alcançou do Excelentíssimo Senhor D. Frei José o despacho de manter a pettição inclusa para erigir uma capella com a invocação da senhora santa Anna, a qual capella se acha quase concluída, e quer o suplicante entrar e constituir património, mas para tudo necessita de, Vossa Excelência Reverêndissima lhe mande cumprir o dito despacho.
Junta a escriptura de dotte, senhor desembargador promotor, assinatura illegível.
A. H. P. E. P.– Dotes de Capelas do Concelho de Lousada – Capela de Valmesio, 1752, fl. 1.
[No Concelho de Lousada] Pertendem Juis de Fora, dizendo que tem boa Caza de Foral, he esta bem ordinaria, cita no lugar do Torrão, couza bem insignificante, que não pasa de huma pobre aldeya, sem forma de rua. Menos se deve anexar o dito concelho de Louzada à Comarca do Porto, donde dista oito legoas da extremidade do concelho e da cabeça destes sete, ficando a partir com esta Comarca de Penafiel, de que dista na maior longitude duas legoas, da cabeça do seu Foral huma, e no fim do dito concelho hum quarto de legoa.
A.H.P. – Secção I-II, Cx. 101. Cf. SOEIRO, Teresa – História Local, Penafiel: Edição Museu Municipal de Penafiel, p.151, 2005.).
dia_internacional_monumentos_sítios
Blogs de interesse
Instituto Português do Património Português
Visit Portugal - Patrimonio Mundial
Viagens pelo patrimonio de Famalicão-Portugal
patrimonio cultural (wikipedia)
Patrimonio natural de trás-os-montes
Patrimonio Geologico Português
convençao para a prtecção do patrimonio mundial
Políticas museológicas e definição do conceito de Património
Roteiro para o Património - Apresentação do Roteiro para o ...
Lousada - Património Histórico