Nunca o 31 de Janeiro foi tão solene em Portugal. É bom recordar que também foi trágico nos idos de 1891, na cidade do Porto.
Os Republicanos estavam disseminados por todo o lado e em todas as instituições do reino. A Monarquia encontrava-se exangue.
Em Lousada também os havia, em vários quadrantes da sociedade. Exemplo concreto era o padre Francisco Peixoto, abade de Covas. E disso nos dá nota o vetusto Jornal de Lousada.
No Jornal de Lousada, de 22 de Outubro de 1911, p.1 e n.º 220, o abade de Sousela diz que: « consta que a susceptibilidade nervosa, feminina, do meu sempre estimado vizinho anda muito irritada por causa dos republicanos haverem faltado à conhecida promessa de o fazerem bispo quando subissem ao poder. D’ahi a sua novíssima evolução para monarchico ferrenho, d’ahi supor-se alvejado pelo epitheto de bispinho». O padre de Covas respondia a 29 de Outubro de 1911, no Jornal de Lousada, afirmando que «...o artigo do Sr. padre Cunha acêrca das pensões, dividido em quatro partes por meio de astéricos, se não se pode afirmar que é uma epopeia, é um poema, sob certo ponto de vista.
Tudo como se vê, grandezas! Grandezas.... eu nunca pedi a republicano favores de qualidade alguma,..., que sou, de motu próprio, republicano, anterior ao 31 de Janeiro, por convicções hauridas em alguns livros da nossa história,..., que desde que sahiu a lei da separação, vendo que essa lei se propõe a oppressão dos catholicos e a extirpação do sentimento religioso,..., a tenho combatido..., por entender que ella é um mal para a sociedade e para a pátria portuguesa, que , enfim, é falsa e falssissima a minha evolução para monarchico, como sua Rv.m.ª affirma.».
Mas já a 15 de Outubro de 1911. O abade de Covas, na primeira página do Jornal de Lousada se sentia enxovalhado, já que o padre Cunha de Sousela o «.. calunnia e insulta injustamente os seus colegas em geral, e a mim talvez em particular.».
A 5 de Novembro de 19911 a redacção do J.L. termina com o espectáculo ao afirmar que «...o Reverendo Parocho de Covas é um dos raros republicanos históricos d’este concelho, tendo até bastante soffrido pela causa da Republica. Effectivamente, por ocasião da malograda revolta de 31 de Janeiro, contra aquelle nosso amigo foi passada ordem de prisão que, se não chegou a realisar-se, foi devido à benevolência das autoridades locaes. Este facto é sufficiente a comprovar os seus sentimentos republicanos.”
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